Principais Pontos a Saber no Inventário

Introdução

O inventário é um procedimento essencial para a transmissão de bens de uma pessoa falecida aos seus herdeiros. No entanto, muitas pessoas não sabem exatamente como ele funciona e quais são as suas principais exigências. Você sabia que, além do falecimento, o inventário pode ser necessário até mesmo em um divórcio, caso haja bens a partilhar e menores envolvidos? Neste artigo, vamos abordar os pontos essenciais sobre o inventário, quando ele pode ser realizado em cartório e quais são os requisitos fundamentais para sua condução.

O que é o Inventário?

O inventário é o procedimento legal para a apuração dos bens, direitos e dívidas deixados por uma pessoa falecida, a fim de que possam ser transferidos aos herdeiros. Ele pode ocorrer de forma judicial ou extrajudicial (em cartório), dependendo das circunstâncias do caso.

Quando o Inventário Pode Ser Feito em Cartório?

O inventário extrajudicial é uma opção mais rápida e menos burocrática, mas para que seja realizado em cartório, é necessário que:

  • Todos os herdeiros sejam maiores de idade e capazes.

  • Haja consenso entre os herdeiros sobre a partilha dos bens.

  • Não existam dívidas deixadas pelo falecido ou que estas já estejam quitadas.

  • A presença de um advogado seja garantida para conduzir o procedimento.

Inventário e a Presença de Menores

Anteriormente, a presença de herdeiros menores de idade ou incapazes obrigava a realização do inventário exclusivamente pela via judicial. No entanto, com a Resolução nº 571/2024 do CNJ, tornou-se possível realizar inventário extrajudicial mesmo havendo herdeiros menores, desde que:

  • O pagamento do quinhão hereditário do menor ocorra em parte ideal de cada um dos bens inventariados.

  • Haja manifestação favorável do Ministério Público.

  • Não sejam praticados atos de disposição relativos aos bens ou direitos do interessado menor ou incapaz.

Além disso, em casos de divórcio, se houver bens a partilhar e filhos menores envolvidos, pode ser necessário abrir um inventário para regularizar a divisão patrimonial, garantindo que os interesses das crianças sejam protegidos.

Problemas Comuns e Como Resolver

Alguns dos problemas mais comuns no inventário incluem:

  • Desacordo entre os herdeiros: Quando há discordância sobre a divisão dos bens, o inventário judicial se torna necessário.

  • Documentação incompleta: A falta de documentos pode atrasar o processo. É essencial reunir certidões, escritura de bens, testamentos e outros registros.

  • Dívidas do falecido: Se houver pendências financeiras, a partilha pode ser impactada, sendo necessário negociar ou quitar as dívidas antes da conclusão do inventário.

Dicas e Recomendações Práticas

  • Consulte um advogado especializado para entender qual a melhor opção para o seu caso.

  • Organize previamente toda a documentação necessária para evitar atrasos.

  • Em caso de herdeiros menores, esteja ciente de que o processo poderá ser realizado em cartório caso cumpra os requisitos da Resolução nº 571/2024.

  • Se estiver passando por um divórcio com filhos menores e houver bens a partilhar, consulte um advogado para verificar a necessidade de inventário.

Conclusão

O inventário é um procedimento fundamental para garantir a correta transmissão dos bens e evitar problemas futuros entre os herdeiros. Saber quando ele pode ser realizado em cartório e entender a obrigatoriedade da via judicial em casos de menores ou incapazes pode facilitar o processo. Caso tenha dúvidas ou precise de orientação sobre inventários e partilhas, entre em contato com um advogado especializado para garantir um procedimento seguro e eficiente.